quarta-feira, 12 de março de 2014

Nikon patrocina o Festival de Fotografia de Tiradentes 2014.

Marca promoverá duas palestras - Nikon School e Ignacio Aronovich, exposição e experimentação de produtos e dará suporte a workshops.
Este ano, a Nikon do Brasil patrocinará o Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta. O evento, que está em sua quarta edição, acontecerá entre os dias 26 e 30 de março no Centro Cultural Yves Alves na cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. Durante o Festival, a Nikon terá um espaço na livraria do evento, onde os participantes poderão conhecer e experimentar alguns produtos da marca.

No dia 27 de março, os visitantes terão a oportunidade de participar do Nikon School, que será realizado em uma versão reduzida, das 13h30 às 17h30. O projeto proporciona aos usuários de câmeras compactas e DSLR a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos sobre fotografia, composição, ajustes de câmera e impressão de fotos, a fim de que aproveitem os recursos de seus equipamentos com mais confiança.

A empresa promoverá também a Palestra Lost Art, com Ignacio Aronovich, no dia 29 de março. Lost Art é um coletivo de fotografia, comportamento e arte. Louise Chin e Ignacio Aronovich são fotógrafos, jornalistas e curadores, que viajam o mundo atrás de novidades e de lugares desconhecidos, como Antartica, Alaska, Laos, Camboja, entre outros destinos. Os profissionais já documentaram algumas das provas mais difíceis do mundo como Raid Gauloises, Elf Authentique Adventure e a Race Across America. Durante a palestra, Ignacio Aronovich apresentará os principais trabalhos realizados por Lost Art e irá compartilhar os novos rumos de sua carreira.

O Festival de Fotografia de Tiradentes, que acontece desde 2011, tem como principal objetivo aproximar o público do universo da fotografia, oferecendo ricas experiências com profissionais de renome  nacional e internacional, cuja produção artística é representativa no cenário da fotografia brasileira. Ao longo dos cinco dias de evento, serão realizadas diversas exposições, workshops, palestras, debates, leituras de portfólio, projeções de fotografias e atividades educativas voltadas para a comunidade local.

A Nikon também dará suporte a alguns workshops. As oficinas do Festival permitem a troca com autores significativos da fotografia brasileira contemporânea, além disso, estimulam a produção criativa com a fotografia em diferentes possibilidades.

Para mais informações sobre o evento acesse:

http://www.fotoempauta.com.br/festival2014



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sebastião Salgado da entrevista ao Jornal El País Brasil.

A pé, a cavalo, o olhar aprende de outro jeito. A melhor escola como fotógrafo para Sebastião Salgado foi talvez a daqueles deslocamentos para conduzir o gado pelas terras de seu pai durante dias, percorrendo centenas de quilômetros. Foi assim que a sensibilidade visual de quem é hoje um dos grandes do mundo se foi educando. Passo a passo, aprendendo, diz, “o prazer da espera”. Por oito anos andou imerso em seu último projeto –Gênesis, em exposição até maio no museu Caixaforum, de Madri–, oito anos nos quais se fixou nas origens do planeta, ainda presentes em muitas paragens preservadas –ou em perigo– da Terra. O olhar ecológico, ideológico desse brasileiro exilado na França durante os anos duros da ditadura, nômade, mas tremendamente familiar, moldou uma ética e uma estética global que nos ajuda a compreender muito melhor o mundo.
Que carro tem?
Sebastião Salgado – Tenho dois. Um no Brasil e outro na França, um Prius (híbrido).
Lendo as suas memórias, De minha terra à Terra (publicadas na Espanha por La Fabrica), não me negará que um “dois-cavalos” dava para muita coisa. O senhor percorreu a Europa. De Praga à Alemanha, de Genebra à Costa do Sol.
S.S. – Aconteceu algo muito engraçado com esse dois-cavalos. Percorremos toda a costa mediterrânea espanhola em junho de 1970. Acampamos antes na França e, quando chegamos a Granada, um cheiro horrível. Achamos que um rato tinha morrido dentro. Paramos, comemos enquanto todo mundo dormia a sesta, e tiramos tudo, até os assentos. Debaixo de um deles encontramos um camembert podre. Ali estava a causa. Nessa época não existia o Mercado Comum, quase ninguém conhecia camembert. Colocamos esse queijo onde pudemos. Uma senhora que passava pegou a caixinha e só pelo cheiro a jogou no chão; que coisa, naquela época ninguém tinha ideia do que era o camembert, e os presuntos estavam proibidíssimos no restante da Europa, como se fossem uma praga que estivesse para invadi-los, enquanto eles deviam proteger essa linguiça que comem em Bayonne. Quão perto estávamos e ao mesmo tempo, quão distantes. Sim, sim, mas era assim. Embora essa distância tenha diminuído entre a França e a Espanha, ainda persiste entre a Itália e a França, acho. Vivem de costas.
Falando de distâncias, isso para o senhor foi de grande importância em sua vida. A que separa Madri e Paris era quase a que seu pai percorria conduzindo gado de um lado a outro em sua região no Brasil, em Minas Gerais.
S.S. – Também já estão diminuindo. Hoje fazemos essa distância em meia hora de voo. Mas na época não havia nem estradas, somente caminhos: levava-se o gado de vale em vale, procuravam-se pontos específicos para cruzar o rio. Contávamos os deslocamentos em tempo, não em quilômetros. Isso entrou na minha vida. Eu caminho muito, realizo parte de minhas reportagens a pé porque nesse momento olho e sinto a vida, a natureza, Agora ando com GPS e me oriento melhor. As distâncias são muito, muito relativas. Talvez caminhe quilômetros para me aproximar de um ponto que pode estar a 800 metros em linha reta.
Graças a essas voltas, o senhor aprendeu a enxergar melhor?
S.S. – Aí é quando observo. O tempo certo no qual se produzem e se desenvolvem os fenômenos naturais. Lentamente, senão ocorre um curto-circuito. A essência muitas vezes está nas curvas, nas voltas que você dá, não na linha reta. Olhar e saber esperar. É preciso saber experimentar o prazer de esperar. Como dizer? Uma possibilidade imensa de viver junto ao passado. Desfrutar momentos da sua vida, sua história, recordar. Assim a gente pode esperar horas porque está se transportando a experiências cruciais. É um prazer muito grande. Os caçadores, que vivem a espera, sabem disso que estou te falando. Entende-se bem neste mundo em que vivemos obcecados pelas pressas. Vivemos em um acelerador de partículas, em um clima de expectativas. É como funcionam os mercados, quando às vezes a economia vai muito bem, e as finanças, muito mal, quando você vê que a indústria funciona, mas as agências de classificação te alertam que vai piorar, e é quando isso acontece que as expectativas bloqueiam, com uma percepção às vezes falsa, o bom funcionamento das coisas.
Justo o contrário da fotografia?
S.S. – Supõe-se que essa arte deva acompanhar a realidade de um tempo ou um acontecimento, e congelá-la. Se você vive para a fotografia, você se vê imerso nos processos autênticos. Quase tudo o que ocorre pode se tornar interessante. O que você precisa é compreender isso, participar disso para captar.
Isso é muito zen, não?
S.S. – Bem, ouça, quando a gente viaja muito consigo mesmo, acaba por ser um tanto zen. Essa é uma profissão muito solitária. Meu primeiro livro se chamava “Outras Américas”, publicado por Luis Revenga, um editor. Foi lançado por ocasião dos 500 anos do descobrimento. Com esse livro eu aprendi a viajar. Eu tinha retornado ao Brasil, de onde saí por problemas políticos; adentrei em comunidades de índios, que são muito desconfiados dos ocidentais. Para poder me achegar a eles tive de passar muito tempo a seu lado, explicar-lhes o que queria fazer. Acabei contando histórias que lhes interessava porque me pediam.
O que os atraía?
S.S. – Histórias da Palestina, do Amazonas, e eles me contavam as suas. Era uma época em que eu não tinha muito dinheiro. Ia de ônibus e andando, mas não podia voltar porque só dispunha de dinheiro para a ida. Minha família fazia muita falta, minha mulher, meu filho mais velho, minha pequena célula tribal, mas em troca fui aceito na comunidade deles. Aprendi a ficar só. Essas fotografias têm um valor muito grande para mim.
Persegue um ideal com a fotografia que pratica?
S.S. – Muitas vezes me rotularam de documentarista, militante, de ter um olhar baseado na economia. Nada disso. A fotografia é minha vida, minha forma de viver com coerência.
Cabe alguma objetividade detrás da objetiva da câmera?
S.S. – ão, as pessoas fotografam com seu passado, com sua ideologia, com seus traumas, com seus pais, sua infância, sua personalidade nas costas, à contraluz, a favor da luz. Não cabe. É assim, profundamente subjetiva.
No que o senhor nunca quis se transformar é no fotógrafo que captou o atentado contra Ronald Reagan e que acabou sendo sempre definido por esse estigma. Como conseguiu transcender isso?
S.S. – Isso foi um acidente. Minha primeira viagem a Washington. Qualquer fotógrafo teria ficado de bom grado com tal qualificação. Não acredita? Sim, mas eu não queria que aquele segundo me trouxesse uma marca que eu não desejava. Tenho as fotografias, guardei-as e elas não circularam mais.
O senhor não se importa de ter passado para a história por séries como A mão do homem? Tinha consciência, quando estava fazendo esse trabalho, de que o mundo vivia uma transição para uma outra coisa?
S.S. – Sim, eram os anos oitenta, não se falava em globalização, não existia a Internet. Eu tinha consciência de que estava testemunhando o fim de uma era. Tanto que a série se chamou também de Trabalhadores, Uma arqueologia da época industrial. Para mim era o fim de um mundo anterior às máquinas e aos robôs. Senti que alguma coisa forte estava acontecendo e que eu devia fazer uma homenagem à classe trabalhadora. De fato, eu queria que o livro se chamasseProletários, mas o editor não gostou da ideia, achava que isso não venderia nada. Mas eu me baseei em teorias marxistas, minha formação tinha sido essa para olhar para a mineração, a agricultura, não os serviços. Com isso eu tive uma ideia aproximada do que viria a ser a globalização, de que se produziriam grandes movimentos entre países e foi assim que começou meu projeto sobre migrações, Êxodos, o passo seguinte ao fenômeno que produziu aquilo, a consequência.
Entretanto, em vez de fotografar o mundo tecnologizado e frio do presente, preferiu buscar nas origens e empreender ‘Genesis’. O senhor tem uma ideia de como seria para a sua câmera o mundo asséptico dos trabalhos de hoje na grande cidade?
S.S. – Não que isso me apeteça muito. Poderia ser feito de uma forma muito espetacular, mas por outras pessoas com grande identificação com esse mundo. Eu não dedicaria oito anos, como fiz com Gênesis, a isso. É preciso ter um grande amor pelo que se está empreendendo. Mas para quem queira, acho que este é um grande momento para levar a cabo um projeto desses, alguém que venha de uma formação moderna, da engenharia, da tecnologia, mas que queira se dedicar à fotografia.
Que não contem com o senhor para isso, não é?
S.S. – Eu, não, não. Eu não sei nem enviar um fax, só uma mensagem por este telefone, isso sim. Criaram uma coisa modernas dessas no Museu de História Natural de Londres por causa de Gênesis... Não no Twitter, no outro...
No Facebook?
S.S. – Isso, no Facebook, acho que sim, mas eu nem vi. Não é para mim. Eu estou considerando voltar ao Amazonas e defender uma cultura que está em perigo por causa da alta tecnologia agrícola que procura se expandir, para protegê-los para denunciar o acosso que sofrem esses povos indígenas.
Fale com Dilma Rousseff, que é amiga sua, ou com Lula, para que o detenham.
S.S. – u falo, mas não é culpa deles. O Brasil é uma democracia e a extrema direita do meu país está dominada pelo negócio agrário. Essa classe conservadora tem um poder brutal, não com um partido, mas em todos, estão em cada esquina. Tanto faz que a Dilma queira pará-los, eles vão adiante com essas leis. É muito forte a luta com o governo e com os grupos ecologistas, embora tenham conseguido que esses exploradores deixem as terras indígenas que tinham ocupado.
Bem, já é alguma coisa. O senhor se mostrou muito partidário dessa classe política que agora está no poder no Brasil, que foram perseguidos na mesma época que o senhor e presos.
S.S. – Não só os que estão agora, mas desde a presidência de Fernando Henrique Cardoso. Aí começou tudo.
Mas foi muito eclipsado depois por Lula e pela própria Dilma.
S.S. – Não tanto, eles o reconhecem, em que pese suas distintas procedências dentro da esquerda. Cardoso vinha da burguesia; os outros, do proletariado puro.
O senhor provém da classe de proprietários.
S.S. – Quando eu era criança, meu pai chegou a ter umas dez fazendas. Era um latifundiário. Possuía 15.000 cabeças de gado, muito. Depois foi se desfazendo delas até ficar com uma, na qual depois plantamos um bosque. Mas tampouco temos tanto. Mil hectares no Brasil é uma propriedade pequena, algumas têm 100.000.
De onde se sente?
S.S. – É difícil saber. Eu viajei a vida toda. Tenho sete irmãs, eles se casaram, eu ia de um lado para o outro. Depois me formei economista, me mudava com a Organização Mundial do Café em missões na África, por todo o planeta. Mas se eu assistir a uma partida de futebol, torço pelo Brasil. Se entrou em um avião, fico mais contente se este estiver se dirigindo ao Brasil, embora tenha aprendido tudo pelo mundo.
E a França?
S.S. – Eu a adoro. A França e os franceses. Eles foram tudo, solidários, generosos no momento em que sofríamos essas ditaduras tão terríveis na América Latina. É um país muito próximo para os brasileiros. Nossa Constituição tem como modelo a francesa, em qualquer cidade com mais de 100.000 habitantes existe uma Aliança Francesa, aprendi sua língua no Brasil, estudávamos mais francês e latim na escola do que inglês.
Em que pese aquela influência racionalista e laica, a esquerda na qual o senhor militou estava muito marcada por movimentos eclesiásticos.
S.S. – O Brasil, nesse sentido, teve uma Igreja muito de vanguarda até a chegada desse papa polonês que desmantelou aqueles movimentos, sobretudo a Teologia da Libertação. Eu nunca fui crente, mas eles contribuíram em muitas coisas e a esquerda atual de hoje foi formada em grande parte por eles.
Custou-lhe muito tomar essa decisão de passar da economia para a fotografia? O senhor vivia mais folgadamente.
S.S. – Não me custou. Quando me instalei na Inglaterra e dali comecei a viajar para a África pelo meu trabalho, a fotografia me proporcionava mais prazer do que os relatórios que eu tinha que fazer. Então um dia me meti com Lélia num barquinho de um lago em Hyde Park e discutimos o tema durante horas. Eu tinha um convite para ser professor na Universidade de São Paulo, outro para trabalhar em Washington no Banco Mundial; para um jovem economista era um futuro fabuloso.
Mas fechou essas portas.
S.S. – Eu me lembro do dia em que apresentei minha carta de demissão ao meu chefe na Organização Mundial do Café. Ele disse que sabia que eu iria para o Banco Mundial; quando lhe disse que não, que ia me dedicar à fotografia, ele disse: “Mas você é um idiota! Eu também quero ser fotógrafo, e minha mulher e minha filha!”.
A partir daí se deu uma contradição curiosa na sua vida. O senhor se converteu num nômade que se aferrava muitíssimo a uma família que não se rompeu. O senhor continua casado com Lélia Wanick mais de 50 anos depois...
S.S. – Acho que viajo pelo prazer de voltar. A grande alegria em mim se produz quando tomo esse último taxi que me leva para casa. Minha mulher é fantástica. No começo, ela podia ir de Paris a Bruxelas para me buscar em carro porque eu me metia em voos muito baratos. Ela desenha os meus livros pondo um coração imenso nesse trabalho. Viajou comigo para parte deGênesis, monta as exposições. Um fotógrafo é a ponta de um iceberg, mas eu tenho um núcleo que é a minha família. A vida é essa. Tive muita sorte, minha fotografia não seria a mesma sem ela, sem meus filhos, Giuliano e Rodrigo; o segundo com síndrome de Down.
Que sensibilidade o Rodrigo lhe trouxe?
S.S. – Outra relação com a comunidade próxima. Depois de tê-lo me dei conta, caminhando pelas ruas, da quantidade de gente que existe na sua condição. Quando vou à sua escola, me relaciono com todo tipo de garotos; ele nos deu uma oportunidade única para nos inserirmos no seu mundo. Está dotado de uma doçura tão grande, de uma simplicidade e uma sensibilidade extremas, é fabuloso. Quando você tem um filho assim não vive uma vida como a dos outros. Ele ficou sempre conosco, não o internamos em lugar nenhum. Não nos relacionamos muito socialmente porque devemos ficar com ele. Ele nos uniu, nos abriu a mente em diversas direções.
Em Gênesis, eu vejo o olho de Deus. Era essa a sua intenção?
S.S. – Bem, eu não acredito em Deus, mas sim nessa ordem estabelecida entre todos os elementos do universo, fruto da evolução natural, com esse saber natural, essa interação de milhões de anos, talvez seja produto dessa comunhão entre a solidão e a natureza. O que sim eu encontrei na Etiópia foram comunidades próprias do Antigo Testamento, sem contato com outras comunidades do entorno, mas extremamente modernas em sua organização interior, produtivas. Quando você chega, lhe lavam os pés. Noções que permitiram essa fertilidade às margens do Nilo no Egito e que foram cruciais para a construção da nossa história moderna. Eu vi todas essas coisas. Uma viagem para mim absolutamente essencial.













terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cinegrafista tem Morte Cerebral.



Hoje, vamos falar uma história ruim, que abalou o Brasil, que deixou os corações puros, revoltados com a violência da nossa Nação. Ontem pela manhã perdemos um irmão de trabalho, o Cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago. Ele estava gravando em um protesto contra a tarifa do ônibus no Rio de Janeiro, e foi atingido por um rojão que foi lançado por um indivíduo... um Maldito marginal! 
Depois de alguns dias em coma, os médicos constataram Morte Cerebral. Veja abaixo a matéria no G1.

O Brasil começou a segunda-feira (10) com uma notícia triste. Logo pela manhã, foi constatada a morte cerebral do repórter cinematográfico da TV Bandeirantes Santiago Andrade. Ele foi ferido na cabeça por um rojão, na última quinta-feira, durante um protesto, no Rio.
Santiago Ilídio de Andrade, colecionador de amigos. “Sabe aquelas pessoas assim que são fáceis de gostar? Uma das pessoas mais fáceis de se gostar que eu conheci”, comenta o repórter da Bandeirantes, Alexandre Tortoriello.
Se não fez ainda mais amizades, foi culpa da pressa permanente da profissão que escolheu. Estava há 10 anos na TV Bandeirantes, dez anos de câmera na mão.
“Nunca gostou de briga, sempre afastou. Ele gostava era de ajudar todo mundo. Ele era um parceiro”, diz José Arnaldo dos Santos, repórter cinematográfico da Bandeirantes.
Santiago foi pelo mundo registrando imagens e tentando ajudar os outros. Os dois prêmios de jornalismo que conquistou foram por reportagens sobre transportes, ônibus lotados, trens atrasados e a dura realidade do Rio de Janeiro em que nasceu.
Os amigos se lembram da generosidade de Santiago. E hoje há mais um gesto para ser lembrado por quem ele nem conheceu. A família decidiu doar os órgãos do cinegrafista.
Santiago deixa três enteados e uma filha, jornalista. Nesta segunda-feira (10), Vanessa deixou uma carta numa rede social, em que diz: "Quando decidi ser jornalista, aos 16, ele quase caiu duro. Disse que era profissão ingrata, de salário baixo e muita ralação. Mas eu expliquei: vou usar seu sobrenome. Ele riu e disse: então pode!".
Vanessa viu o trabalho do pai em grandes coberturas, como a das chuvas na Região Serrana do Rio em 2011. Santiago cobria as manifestações desde o começo, em junho do ano passado. Mas se realizava mesmo quando podia enxergar, através da lente, um mundo melhor.
“O Santiago era um artista da sua profissão. Chamava ele até de Picasso. Você é o Picasso das câmeras, porque você não filma. Você pinta o que você faz”, diz Fábio Barretto, apresentador da Bandeirantes.
Vanessa também acha que os artistas permanecem. “Um dia meus futuros filhos saberão quem foi Santiago Andrade, o avô deles. Mas eu, somente eu, saberei o orgulho de ter o nome dele na minha identidade", conta.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo). 

O Brasil cobra as autoridades da nossa Nação, que a Justiça seja feita, que este indivíduo sem personalidade, sem caráter, sem coração, sem respeito, sem noção... enfim, este NADA, seja punido, seja jogado como um rato, atrás das grades. O portal "A Arte da Fotografia" decreta LUTO OFICIAL, ao Picasso das filmagens, e desejamos Força para amigos e familiares. 
Ps: Pedimos desculpas pelas palavras ferinas, mas a revolta é grandiosa. att. 

© A Arte da Fotografia 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Exposição Fotográfica sobre o Amor.




As mais distintas formas de amor, sob o olhar de 22 nomes consagrados da fotografia contemporânea mundial, são o tema da mostra que inaugura amanhã (4) o calendário de exposições de 2014 do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro. Amor, Amor, Amor reúne 58 fotografias do acervo da Maison Européenne de la Photographie (MEP), sediada em Paris, na França e detentora de uma das mais importantes coleções da fotografia contemporânea.
São imagens de nomes como os franceses Henri Cartier-Bresson, Robert Doisneau, Pierre Verger e Raymond Depardon, os norte-americanos Larry Clark e Duane Michaels e o japonês Nobuyoshi Araki. Completa a mostra um vídeo do fotógrafo francês Claude Nori sobre a relação entre a foto fixa e o olhar do fotógrafo sobre o movimento.
A curadoria é de Jean-Luc Monterosso, da MEP, e do brasileiro Milton Guran, diretor do Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro (FotoRio). “Envolta em uma enganadora aura de verdade, a fotografia representa uma dimensão mágica da vida que faz dela um bem único, tal como é para nós a ideia do amor, de todos os amores, tanto os possíveis quanto os impossíveis”, afirmam os curadores, no texto de apresentação da mostra.
Amor, Amor, Amor abre para o público na quarta-feira (5) e, no mesmo dia, às 18h30, haverá uma mesa-redonda sobre o tema “Documentação e transcedência na fotografia contemporânea”, com a participação dos curadores e dos fotógrafos Claude Nori e Pedro Vasquez. A exposição fica em cartaz até 31 de março, com entrada franca e visitação de quarta a segunda, das 9h às 21h. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66, no centro do Rio.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/




© A Arte da Fotografia 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Conhecendo sua câmera.











Um item importante na Fotografia, é conhecer sua câmera, até mesmo porque é ela que você vai usar para fotografar. E Para isso você precisa saber sobre tudo... Ou quase tudo dela.

Modos de operação de Câmera:

Modo Manual (M): O Modo M ou Manual é o modo com a qual você terá o maior controle do equipamento, podendo realizar diversas modificações, a máquina não faz nada que você não a ordene fazer, assim sendo você terá de realizar todas as modificações necessárias para que a foto saia exatamente como você deseja, como por exemplo regular o Iso ( sensibilidade ), velocidade do obturador, abertura do diafragma e etc... Na minha opinião é o melhor modo de operação a ser usado, pois desta forma você poderá mostrar exatamente aquilo que você quer.
Modo Automático (Auto): o Modo Automático (podendo ser o modo A em algumas compactas), é o modo de operação, onde você diz para a máquina fazer todo o serviço para você, ou seja, você não terá controle nenhum sobre a fotografia que será feita a máquina ira configurar tudo da forma que achar mais correto, assim sendo todas as regulagens como Iso ( sensibilidade ), velocidade do obturador, abertura do diafragma e etc.. será feito pela própria máquina, podendo fazer com que a foto fique totalmente diferente daquilo que você estava imaginando. Eu não recomendo usar este modo de operação a não ser em ultimo caso, usem apenas numa emergência e enquanto não tiverem conhecimentos necessários para utilizarem outros modos.
Prioridade de Abertura (Modo A): o Modo A ou Prioridade de abertura é o modo onde você dirá a máquina qual será a abertura de diafragma que ela terá de usar, assim sendo a máquina ira manter esta configuração de abertura que você informou, e irá configurar o resto (Iso, velocidade e etc..) da forma que achar mais apropriada. Esse modo é utilizado por exemplo quando você não quer perder tempo configurando a máquina mais precisa usar uma abertura especifica seja por precisar de mais iluminação, maior ou menor profundidade de campo e etc...
Prioridade de Velocidade (Modo S): o Modo S ou prioridade de velocidade é o modo onde você define para a máquina qual velocidade fixa ela irá utilizar, assim sendo a máquina irá manter esta velocidade escolhida, e irá alterar tudo o resto (iso, abertura do diafragma e etc.. ) da forma que achar mais correto. Esse modo é utilizado por exemplo quando você precisa manter uma velocidade mínima ou máxima para congelar algum momento (utilizando velocidades mais altas) ou registrar um movimento ( utilizando velocidades mais baixas ), porém não quer ou não pode ficar perdendo tempo configurando tudo o resto.
Modo Program (Modo P): o modo P ou Program é um modo onde a maquina calcula uma formula entre velocidade x diafragma de modo a se ajustar melhor a foto dando mais ou menos profundidade de campo, este modo diferente do auto, permite que o fotografo faça alguns ajustes como por exemplo, fazer uma correção de white balance ou então corrigir a exposição EV, em algumas câmeras é possível programar algumas combinações de velocidade x obturador.
Obs. geral sobre os modos de operação das câmeras: Eu particularmente indico a todos que sempre que possível utilizem sempre a câmera no modo M ( Manual ), mesmo que tenham dificuldade em utilizar a câmera desta forma, pois assim além de conseguir criar uma imagem da forma que você imagina em sua mente, você ganhara pratica e conhecimento das funções.
Imagen ilustrando os botões, a camera da foto é uma NIKON D70s:









Velocidade do obturador:

A velocidade do Obturador é uma função existente em todas as câmeras que possuem um mínimo de configuração manual, cada máquina possui variadas velocidades de obturador dependendo do modelo, por exemplo uma Nikon D200 (que é uma câmera mais porreta),possui velocidades que vão desde 30s até 1/8ooos ... atendendo uma gama enorme de velocidades para serem utilizadas, essa velocidade pode influenciar a foto de diversas forma que citarei em outros tópicos mais específicos, mas para dar um exemplo a velocidade pode congelar um movimento ou então deixar um rastro do movimento, quando dizemos por exemplo que a velocidade esta em 1/2s por exemplo quer dizer que o sensor da máquina esta recebendo luz durante este período de tempo antes do obturador fechar, então logo se utilizar 30s o sensor ficaria recebendo luz durante 30 segundos, durante esse tempo o sensor recebera e registrara tudo que aconteceu neste período, assim como 1/8000s o sensor ficara recebendo luz durante um período de tempo mínimo, digamos que seria utilizado esta velocidade para congelar um carro de formula 1.. e a primeira para mostrar o rastro das estrelas. Então cada cena em especifico determinara uma velocidade correta, lembrando que quanto menor a velocidade mais fácil de borrar a imagem, pois qualquer tremida da mão ira aparecer no resultado final.
Em algumas cameras, mais profissionais ainda temos uma função da velocidade conhecida como B (Bulb), esse modo funciona da seguinte forma, você pressiona o botão disparador e ele expõe o sensor a luz, o sensor ficara exposto até que se aperte novamente o botão disparador, assim sendo você pode deixar ali o tempo que achar necessário, esse modo é utilizado quando se precisa utilizar uma velocidade inferior aos 30s já disponivel nas configurações da máquina.
Imagem ilustrando onde fica o obturador numa máquina digital:










Prioridade de Abertura (Modo A): o Modo A ou Prioridade de abertura é o modo onde você dirá a máquina qual será a abertura de diafragma que ela terá de usar, assim sendo a máquina ira manter esta configuração de abertura que você informou, e irá configurar o resto (Iso, velocidade e etc..) da forma que achar mais apropriada. Esse modo é utilizado por exemplo quando você não quer perder tempo configurando a máquina mais precisa usar uma abertura especifica seja por precisar de mais iluminação, maior ou menor profundidade de campo e etc...
Prioridade de Velocidade (Modo S): o Modo S ou prioridade de velocidade é o modo onde você define para a máquina qual velocidade fixa ela irá utilizar, assim sendo a máquina irá manter esta velocidade escolhida, e irá alterar tudo o resto (iso, abertura do diafragma e etc.. ) da forma que achar mais correto. Esse modo é utilizado por exemplo quando você precisa manter uma velocidade mínima ou máxima para congelar algum momento (utilizando velocidades mais altas) ou registrar um movimento ( utilizando velocidades mais baixas ), porém não quer ou não pode ficar perdendo tempo configurando tudo o resto.
Modo Program (Modo P): o modo P ou Program é um modo onde a maquina calcula uma formula entre velocidade x diafragma de modo a se ajustar melhor a foto dando mais ou menos profundidade de campo, este modo diferente do auto, permite que o fotografo faça alguns ajustes como por exemplo, fazer uma correção de white balance ou então corrigir a exposição EV, em algumas câmeras é possível programar algumas combinações de velocidade x obturador.

Abertura do Diafragma:
A Abertura do diafragma não é exatamente uma função da máquina e sim da lente, porém como muitas máquinas possuem lente embutida no seu corpo trataremos como se fosse uma função da máquina ok? A abertura do diafragma é medida da seguinte forma e com a seguinte nomenclatura: F1.2... existem lentes que possuem essa abertura fixa e outras que possuem uma abertura referente a cada estagio do zoom da lente por exemplo peguemos uma lente 50mm que é famosa no meio da fotografia, eu tenho uma 50mm com abertura fixa de F1.8... então a lente viria com essa inscrição: 50mm F1.8 o que mostra que é uma lente com abertura fixa, isso não significa que eu só poderei usar abertura F1.8 e sim que esta será a abertura máxima que poderei utilizar... neste caso, desta lente em especifico o máximo que poderia utilizar seria F16, agora em uma lente que não possui abertura fixa por exemplo: 18-55mm F3.5-5-6, quer dizer o seguinte que em 18mm ela terá uma abertura máxima de F3.5mm e que em 55mm terá uma abertura máxima de F5.6, a abertura funciona da seguinte forma, quanto menor o F maior será a entrada de luz, ou seja em uma mesma lente se eu utilizar uma abertura de F1.8 conseguirei muito mais luz do que se utilizar F8 por exemplo, quanto menor o F maior o tamanho da entrada de luz da lente. Porém quanto maior a abertura (menor o F), menor a área de foco você terá, por exemplo peguemos uma foto de um rosto onde utilizaremos duas aberturas distintas: f1.8 e F8... na que eu utilizei F1.8 a foto ficou mais clara, porem só ficara focada nos olhos da modelo, deixando o resto do rosto desfocado, já se eu utilizar abertura F8 a foto ficara mais escura porém terá o rosto todo focado. essa diferença de área focada para área desfocada se chama DOF ( Depth of Field ) ou profundidade de campo, explicarei mais detalhadamente isso em outro topic mais especifico, o desfoque das áreas não focadas se chama BOkeh, e é diferente de lente para lente.. explicarei sobre isso mais a frente em outro topic por se tratar de um assunto mais técnico.. 
Voltando a abertura do diafragma então entendemos o seguinte: Quanto menor o F maior será a entrada de luz porém menor será a área de foco, e quanto maior o F menor será a entrada de luz porém maior será a área de foco. Um exemplo... utilizamos aberturas maiores como F2.8 e F4 para retratados, onde precisamos de uma área de foco menor... e F11 e F16 para paisagens onde precisamos que tudo esteja em foco. Sei que esta parte é um pouco complicada, mas explicarei detalhadamente isso em um outro topic ok.
Imagem ilustrando diversas aberturas de diafragma:






White Balance (WB) ou balanço de Branco:
A maioria das câmeras fotográficas possuem WB pré setados, que são na maioria das câmeras os seguintes: wb para dias nublados, wb para dias ensolarados, wb para neve, wb para luzes incandescentes, wb para luzes fluorescentes, wb auto e wb manual... Já sabendo quais são os modelos vou explicar como funciona o balanço de branco, para ser mais didático imaginemos uma situação onde estamos num quarto onde a luz do quarto é AZUL, e as paredes deste quarto são brancas, quando a luz esta acesa o que acontece? a parede fica meio azulada devido a luz não fica? o WB serve para corrigir essa interferência, deixando a parede branca mesmo com a luz azul, onde você vai informar para a câmera que aquela parede ali não é azul e sim branca, na maioria das câmeras fotográficas o modo AUTO funciona muito bem sendo bem fiel a realidade ( diferente das câmeras de vídeo onde o modo auto não funciona ), os modos pré septados, são legais mas não acho que funcionam com precisão, eu gosto de usar os modos pré setados para "brincar" com as cores das fotos, experimentem usar modos diferentes em situações .. diferentes.. é bem legal. O mais correto e mais fiel é utilizar o WB em modo manual, assim você tem de "bater o branco", o que significa que você terá de informar para a máquina o que é branco naquela cena, como fazer isso? é simples... você vai botar a máquina em modo manual vai mirar numa superfície branca (ou cinza, existem cartões feitos para isso), vai acionar o wb manual e apertar o botão disparador para ativar (dependendo da câmera pode ser outro botão), pronto feito, você informou para a câmera que aquela cor é a branca, assim ele vai regular a máquina de modo a luz não interferir nas cores das foto.
Modos de Focagem:
Existem basicamente 3 modos de focagem nas câmeras com funções manuais, são os modos:

- AF-S (Auto Focus - Single)

- AF-C (Auto Focus Continuous)

- MF (Manual Focus)
vou explicar como funciona cada modo e para que eles servem de forma bem breve, pois esse tema será abordado em tópicos mais específicos, vamos lá o modo MF como o nome já diz seria o foco feito no modo manual, dessa forma necessitando que o usuário gire o anel de foco da lente até encontrar o foco da forma desejada, normalmente aparece uma bolinha amarela, vermelha ou verde no canto inferior esquerdo do visor informando que esta ou não focado. Modo AF-S este modo de focagem funciona da seguinte forma, quando pressionado o botão disparador até a sua metade ele ira automaticamente focar um objeto que se manterá focado até que se aperte totalmente o disparador realizando a foto ou então soltando novamente o disparador e pressionando novamente. o Modo AF-C funciona da seguinte forma, quando pressionado o disparador até sua metade será feito o foco no objeto, caso o fotografo ou o objeto se mova enquanto estiver pressionado até a metade o botão de disparo, automaticamente o foco será refeito de forma a não sair de foco o objeto principal.
O modo AF-S é utilizado para fotografia onde o objeto a ser fotografado não ira se movimentar como por exemplo foto de objetos ou paisagens já o modo AF-C é utilizado para fotografia onde o objeto esta em constante movimento, por excemplo fotografia de esportes e aeronaves. existem outras funções para cada modo de focagem mas que não sera abordado neste topic ok?
Imagem ilustrando onde fica a seleção de foco:












Modos de Disparos:

Existem basicamente dois tipos de modos de disparo, são eles:

- Single Shot

- Burst Shot

single shot funciona da seguinte forma, quando mantido pressionado o botão disparador o máximo de fotos que vai ser batido será somente 1, assim sendo caso você queira tirar outra foto você vai ter de soltar o botão e pressionar outra vez, já o modo Burst Shot quando você mantem apertado o botão disparador ele vai disparar diversas fotos seguidas, parando somente quando você soltar o disparador. O numero de fotos por segundo tirada no modo burst,
vai variar de câmera para camera. O uso de cada modo vai ser de escolha do fotografo, eu particularmente uso sempre em modo burst, mas caso você tenha dedo pesado pode ser um problema, pois pode tirar mais fotos do que deseja.


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